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Centro de Excelência vai impulsionar transição para economia de baixo carbono em Goiás

Em 11/10/23 10:34. Atualizada em 11/10/23 10:38.

Convênio assinado entre o Governo de Goiás, por meio da Fapeg, e a Funape e UFG prevê a estruturação do Centro de Excelência em Hidrogênio e Tecnologias Energéticas Sustentáveis

O Cehtes abre caminhos para colocar Goiás entre os Estados que mais se destacam em inovação, atração de investimentos e geração de postos de trabalho na denominada economia de baixo carbono baseada em fontes de energia renovável e hidrogênio, apontado como o combustível do futuro. A Fapeg vai investir um total de R$ 24 milhões, durante três anos, para viabilizar o projeto.

O Estado de Goiás se prepara para receber mais um Centro de Excelência: o Centro de Excelência em Hidrogênio e Tecnologias Energéticas Sustentáveis (Cehtes). O governo estadual, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), vai investir um total de R$ 24 milhões durante os próximos três anos para a estruturação e implementação do projeto que tem como meta a prospecção, planejamento e execução de projetos multidisciplinares de pesquisa aplicada que viabilizem aos setores público e empresarial, o desenvolvimento de estudos e soluções tecnológicas nas temáticas do hidrogênio e energias renováveis de baixo carbono. O projeto do Cehtes foi pensado e construído ao longo de quase 12 meses, devido a sua complexidade e importância.

O convênio de cooperação técnica e acadêmica foi publicado no Diário Oficial do dia 25 de setembro, e foi firmado entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) e Universidade Federal de Goiás (UFG).

As mudanças climáticas têm imposto a tomada de ações visando a redução de emissões de gases de efeito estufa que, entre outras iniciativas, exige uma transição energética responsável com ações transversais às diferentes competências e áreas de conhecimento. A parceria entre as três instituições potencializa as capacidades e competências científicas e tecnológicas locais, de modo a promover maior agilidade no atendimento de demandas do empresariado e do Governo em temas estratégicos e prioritários ao desenvolvimento econômico do Estado de Goiás.

Hub de conhecimento
O Centro de Excelência vai colocar o Estado de Goiás no mapa de produção de combustível limpo e sustentável com potencial para atender demandas de vários setores da economia aplicando energia com baixo impacto ambiental. O Cehtes se propõe a atuar como um hub de conhecimento, reunindo expoentes da academia goiana, nacional e internacional no que diz respeito à produção do conhecimento, pesquisa científica e tecnológica nas diversas áreas da Engenharia, Física e Química, voltadas à produção de hidrogênio e derivados, captura e fixação de carbono, produção de e-combustíveis, energias renováveis, eficiência energética, armazenamento eletroquímico e integração de renováveis na rede elétrica.

Vanguarda na transição
Com potencial de inserir Goiás na vanguarda da transição energética na região Centro Oeste e no Brasil, o Cehtes terá a capacidade de posicionar o Estado entre as unidades da federação que mais se destacam em inovação, atração de investimentos e geração de postos de trabalho na denominada economia de baixo carbono baseada em fontes de energia renovável e hidrogênio, apontado como o combustível do futuro.

Pesquisas e serviços
O professor da UFG, Christian Gonçalves Alonso, coordenador do projeto do Centro de Excelência explica que o Cehtes está estruturado de modo interdisciplinar, reunindo especialistas desde as Engenharias, Química e Física até Economia, Negócios, Políticas Públicas e Relações Internacionais. “Estes estarão disponíveis para não só desenvolverem projetos de pesquisa, mas também prestarem serviços técnicos especializados e atuarem em projetos de inovação tecnológica em parceria com órgãos de governo e, principalmente, com os setores produtivos privados. O Cehtes estará de portas abertas para receber demandas tecnológicas e realizar estudos e projetos via prestação de serviços diretos ou estabelecer parcerias para captação conjunta de recursos em P&D+I”.

Para o professor, a iniciativa do Governo do Estado de Goiás, por meio da Fapeg, em apoiar a criação do Cehtes “demonstra a seriedade e o comprometimento da atual Gestão em olhar adiante, promovendo ações que permitam ampliar a oferta de recursos energéticos necessários ao desenvolvimento socioeconômico sustentável de sua população. O Centro tem grande potencial para auxiliar o Estado na aceleração da transição racional dos setores produtivos para os objetivos da economia e dos mercados de baixo carbono (ou carbono neutro), reduzindo assim, possíveis impactos de restrições mercadológicas e regulatórias que possam ser impostas em âmbito nacional ou internacional”.

Ele destaca, também, a importância do Cehtes para a UFG. “É uma oportunidade ímpar, pois permitirá a integração de pesquisadores de diversas áreas (técnicas e de gestão), reunidos sob o mesmo teto, com o objetivo de gerar soluções aos problemas demandados pela sociedade”. Porém, para ele, o maior desafio do Cehtes “reside em se estabelecer como a referência regional para a prospecção tecnológica e a inovação em processos produtivos sustentáveis, especialmente àqueles participantes das atividades vocacionais do Estado, oferecendo um ambiente empresarial seguro, confiável, capacitado a atender demandas diversificadas por serviços e tecnologias de baixo carbono”.

Estratégia
O presidente da Fapeg, Robson Domingos Vieira, ressalta a estratégia adotada pela Fapeg para gerar resultados efetivos com base na amplificação de sua missão ao implantar a política pública de Centros de Excelência, criando espaços onde grupos de pesquisa da academia, empreendedores e sociedade se unem para a produção de conhecimento e inovação desenvolvendo tecnologias de alto impacto para diversos problemas nos diversos contextos de aplicação, seja saúde, energia, logística, agronegócios, veículos autônomos, finanças.

“Já investimos no apoio à estruturação de quatro centros de excelência e estamos apoiando a criação de outros dois. São centros que nascem temáticos, específicos, alinhados com uma visão moderna, atualizada, para atender demandas de grande impacto atuais e de longo prazo, capazes de fomentar o desenvolvimento de tecnologias eficientes para vários setores da economia”, explica o presidente da Fapeg.

Ele ressalta que a partir de 2019, a Fapeg revisou seu planejamento estratégico e ampliou sua missão de promover o fomento da pesquisa científica, tecnológica e de inovação em todas as áreas do conhecimento, mas, especialmente apoiar pesquisas científicas em áreas estratégicas para Goiás promovendo a modernização e crescimento da economia em bases inovadoras e sustentáveis, e “os Centros de Excelência são a prova de um resultado altamente positivo”, declara. Segundo Vieira, a ideia é estruturar o Cehtes para a realização de pesquisa aplicada de fronteira em articulação com empresas, startups, poder público, instituições de fomento regionais, nacionais e internacionais, pesquisadores e infraestruturas de pesquisa.

Primeiros passos
A proposta para os próximos três anos é constituir o corpo administrativo e técnico-científico do Centro, planejar e organizar as linhas temáticas de pesquisa; realizar estudo potencial econômico-energético do Estado de Goiás e um roadmap tecnológico para a identificar os avanços, lacunas e desafios científicos e tecnológicos que envolvem a cadeia de fornecimento do hidrogênio de baixo carbono e das fontes de energia renovável. E ainda, elaborar o projeto conceitual, construtivo e arquitetônico da sede administrativa e laboratorial do Cehtes.

Christian Alonso explica que, inicialmente, os trabalhos realizados no âmbito do Cehtes utilizarão a infraestrutura dos laboratórios parceiros já instalados na UFG e no Instituto Federal de Goiás (IFG). “A proposta de criação do Cehtes contempla a construção de uma sede no Parque Tecnológico Samambaia, localizado no Campus Samambaia da UFG.

Atuação
O Cehtes atuará em oito linhas de pesquisa que compreendem: Hidrogênio; Combustíveis avançados e captura de carbono; Energias renováveis; Redes inteligentes e flexíveis de energia; Sistemas de armazenamento de energia e materiais avançados; Eficiência energética; Mobilidade veicular; e Estudos estratégicos, regulatórios e inteligência de mercado.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Fapeg

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