PIBID Química/UFG

 

Apresentação        Logotipo PIBID QUÍMICA - UFG

 

A Licenciatura em Química participa do projeto PIBID desde sua implementação na UFG, no ano de 2008. Em todas as edições, o foco de nossos projetos têm sido a discussão do conhecimento químico considerando elementos como experimentação, Educação Ambiental, Educação Inclusiva e uso de jogos e atividades lúdicas. O PIBID tem sido muito importante na formação de nossos licenciandos a partir da experiência vivenciada nas escolas em um processo de planejamento conjunto entre professores e professoras da escola básica e da formação de professores. Nesse sentido, muitos estudantes que fizeram parte dos programas anteriores já se encontram formados e ministrando aulas em escolas de Ensino Fundamental e Médio. Há também os que finalizaram a graduação e seguiram cursando seus mestrados e doutorados o que denota que o PIBID é importante também no despertar para a pesquisa na área de ensino de química.   O Subprojeto PIBID Química/UFG vigente foi contemplado no EDITAL Nº 2/2020 da capes. 

Temos atualmente 24 bolsistas do curso de Licenciatura em Química e três supervisoras.

 

Foto Bolsistas PIBID Química 1Fotos Bolsistas PIBID Química 2Foto Bolsistas PIBID Química 3

Coordenadora efetiva: Nyuara Mesquita

 Foto Profa Nyuara - Coordenadora do PIBID Química

Coordenadores voluntários: Agustina R. Ecehverría e Márlon Soares

Coordenadores Voluntários PIBID Química UFG

Professoras Supervisoras: Marilene Barcelos, Jaisa da Mata e Camila Alonso

 

Foto PIBID Profas Supervisoras

As escolas parceiras são:

CEPAE- 8 bolsistas

COLÉGIO ESTADUAL JORNALISTA LUIZ G. CONTART – 8 bolsistas

CPMG POLIVALENTE MODELO VASCO DOS REIS – 8 bolsistas

Para acessar a página do PIBID UFG clique aqui.

 

Relação de Bolsistas

 

ANA CAROLINA DO NASCIMENTO RODRIGUES

BERNARDO RODRIGUES RIBEIRO

BLENDO ALMEIDA DA SILVA

BRUNO SILVA BARBOSA ALVES

CARLOS EDUARDO DA SILVA GUIMARÃES

EDER JUNIO DOS SANTOS MACHADO

FELLIPE RODRIGUES DE ALVARENGA

GABRIEL TANJA DE ANDRADE SILVA

GEISSIANY DE SOUZA ROSA

GEOVANA PINHEIRO LEANDRO

GESSICA SOUSA DOS SANTOS

GUILHERME HENRIQUE OLIVEIRA SILVA

ITALLO JUNIOR CHAVES DOS SANTOS

JORGE LUCAS GONÇALVES XAVIER

LARISSA FERNANDES MENDONCA

LEANDRA SILVERIA GONCALVES

LEONARDO MATOS FERREIRA

LETÍCIA ROCHA CASTRO

LINDON JOHNSON OLIVEIRA GOMES

LUCAS AUGUSTO ARAÚJO

LUCAS GEOVANY SILVA

MARCO TÚLIO FRANÇA MARTINS

MARÍLIA GABRIELLA STEPHANY BOSSO

THAINA GONÇALVES VIEIRA

 

SUBPROJETO PIBID-QUÍMICA/UFG

 

a) A área ou curso do subprojeto

 

Química

 

b) Objetivos específicos do subprojeto

 

  • Desenvolver atividades que tenham como foco a discussão de conceitos químicos relacionando-os às abordagens na educação básica e ao contexto da prática pedagógica dos futuros professores, considerando aspectos epistemológicos, metodológicos e avaliativos.
  • Desenvolver estratégias de ensino a partir da realização de experimentos investigativos e utilização de atividades lúdicas, como jogos ou mídias, e realização de atividades/projetos de iniciação científica júnior envolvendo os estudantes das escolas, possibilitando aos bolsistas a oportunidade de vivenciar o cotidiano escolar em seus aspectos didático-pedagógicos e aos supervisores a formação continuada em termos de estratégias diversas para abordagem conceitual. As atividades a serem desenvolvidas têm como foco a discussão de conceitos químicos e o estabelecimento de inter-relações entre a química e as questões sociais, socioambientais, inclusivas e de diversidade cultural.
  • Organizar oficinas, feiras de ciências ou mostras científicas nas escolas visando discussões que abordem temas contextuais da Química.
  • Apresentar atividades, como palestras e seminários, nos espaços da universidade, para os estudantes da educação básica, licenciandos e supervisores que abordem temas de interesses para estes grupos, tais como: A importância da Ciência para a compreensão do mundo; Dez motivos para gostar de Ciências; A BNCC e a reforma do Ensino Médio: implicações na Educação Básica e na formação de professores; Formas de ingresso na universidade pública, dentre outros.
  • Acompanhar os alunos da educação básica por meio de monitorias nas escolas envolvidas no projeto. A monitoria é importante, pois as dúvidas que muitos alunos têm sobre os conceitos químicos podem ser sanadas em um momento à parte da sala de aula considerando um atendimento mais direcionado com os bolsistas do PIBID. Nesse sentido, o bolsista também estuda para identificar as dificuldades dos estudantes da escola básica e busca novas metodologias de abordagem conceitual.
  • Realizar reuniões periódicas com os integrantes (bolsistas, supervisores e coordenadores) para o planejamento das atividades a serem desenvolvidas, estudo de conceitos científicos e análise de questões pedagógicas. Ao participarem desses momentos, os bolsistas discutem, em conjunto com o coordenador de área e supervisores, o desenvolvimento de propostas de ensino, o que possibilita o estabelecimento de relações entre conhecimentos de conteúdo específico, saberes pedagógicos de conteúdo e saberes curriculares a partir de diferentes olhares para um mesmo objeto.
  • Promover a participação dos pibidianos, supervisores e coordenadores em eventos científicos tendo em vista a divulgação dos seus trabalhos tanto no contexto do relato de experiências quanto no contexto de pesquisas que serão desenvolvidas no âmbito do projeto.

 

c) UF/Municípios dos cursos de licenciatura que compõem o subprojeto

 

GO/Goiânia

 

d) Relação dos municípios em que a IES pretende desenvolver as atividades do programa

 

As atividades serão desenvolvidas na cidade de Goiânia.

 

e) Quantidade de núcleos de iniciação à docência pretendidos

 1

 f) Quantidade de discentes voluntários

 6

 g) Quantidade de coordenadores de área voluntários

 2

 h) Relação de coordenadores de área

 

Nyuara Araújo da Silva Mesquita

Agustina Rosa Echeverría (voluntária)

Márlon Herbert Flora Barbosa Soares (voluntário)

 

i) Descrição do contexto social e educacional dos municípios escolhidos para articulação, explicitando a relação entre o contexto apresentado e as atividades do subprojeto

 

De acordo com o Censo 2018, o município de Goiânia tem 68 escolas públicas estaduais que ofertam o Ensino Médio, atendendo um total de 32.929 alunos. Esse quantitativo de alunos atendidos pela rede estadual é significativo considerando-se que o número de escolas privadas que ofertam o Ensino Médio no município é maior, cerca de 88 escolas, mas estas atendem menos da metade do número de alunos assistidos na rede estadual (15.555 alunos).  Das 68 escolas de Ensino Médio na capital do estado, cerca de 49% delas, têm laboratórios de ciências que são subutilizados pelos professores, basicamente, por dois motivos: falta de material (reagentes e vidrarias), falta de preparo dos professores na utilização de aulas experimentais como estratégia para abordagem de conteúdos químicos e a extinção do cargo de dinamizadores de laboratório, professores cuja função era auxiliar no preparo e desenvolvimento de aulas experimentais. Em 51% das escolas, não há laboratórios de ciências e, nesse sentido, as atividades propostas pelo PIBID/Química podem tanto mobilizar os professores para utilização dos laboratórios, quando existentes na escola, em atividades investigativas, quanto possibilitar a busca de experimentos que, mesmo realizados com materiais alternativos, possam abordar os conceitos científicos e contextualizá-los sem perder o viés investigativo, quando não houver laboratório de ciências na escola. Outro dado relevante para o desenvolvimento do PIBID/Química tem relação com as notas médias das escolas no ENEM. No caso do ENEM de 2018, as médias das 68 escolas estaduais na área de Ciências da Natureza (Química, Física e Biologia), foram, predominantemente, abaixo de 500 pontos. Apenas 6 dessas escolas tiveram média acima de 500 pontos no referido exame. No entanto, todas essas escolas tiveram médias acima de 500 pontos na área de Ciências Humanas no mesmo ENEM (https://www.qedu.org.br/). Embora a avaliação da qualidade das escolas unicamente a partir de exames como o ENEM não seja adequada, pois é preciso considerar diversos outros fatores, os dados citados mostram que as dificuldades dos alunos em relação às disciplinas da Ciências da Natureza são evidentes. Dessa forma, a possibilidade de atender aos estudantes em atividades de monitorias dentro do contexto escolar também se configura como uma importante articulação entre as atividades do PIBID/Química e o contexto educacional em tela.

 

j) Como o desenvolvimento das atividades do subprojeto contribuirá para o desenvolvimento da autonomia do licenciando

 

Embora, no contexto educacional atual, haja um direcionamento para a centralização de competências docentes em especificidades técnicas do fazer pedagógico, é importante destacar a complexidade da formação de professores que, para além de conhecimentos técnicos, se ancora em elementos como autonomia e responsabilidade docente. Nessa perspectiva, a construção da autonomia do licenciando, por meio do desenvolvimento das atividades do PIBID/Química, pode ser entendida como um movimento no qual os estudantes poderão fazer escolhas pedagógicas que, embora acompanhadas por coordenador e supervisor, serão analisadas por eles, testadas, entendidas como práticas que conduzam os sujeitos envolvidos a pensar e questionar o que está sendo abordado. Para isso, os encontros de planejamento das atividades, estudo de conceitos científicos e análise de questões pedagógicas se configuram como uma construção conjunta e dialógica em que a importância dos temas e o interesse dos participantes pode auxiliar no desenvolvimento da autonomia. Nesse movimento, os bolsistas poderão vocalizar suas dúvidas, anseios e compreensões e estas serão discutidas, repensadas, possibilitando criar e recriar planos de aula, práticas experimentais, atividades didáticas em geral.  O trabalho coletivo que será desenvolvido pelo grupo, no qual as decisões serão tomadas em conjunto, também é outro elemento característico da construção da autonomia dos licenciandos.

 

 k) Quais estratégias para a valorização do trabalho coletivo para o planejamento e realização das atividades previstas

 

Serão realizadas reuniões separadas com os grupos das três escolas, pois há realidades diferentes a serem consideradas (infraestrutura, horário de aulas, livro didático adotado etc.). No entanto, também serão realizadas reuniões mensais com todos os participantes do projeto para socialização e acompanhamento dos planos de atividades, do desenvolvimento e avaliação das atividades realizadas. Nessas reuniões, além da parte relacionada ao planejamento conjunto, também serão desenvolvidas atividades conjuntas como discussão de textos previamente disponibilizados e apresentação de palestras sobre temas relacionados ao projeto. 

 

 

l) Quais estratégias de articulação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) com os conhecimentos da área do subprojeto.

 

Considerando-se que a BNCC é documento balizador do currículo da educação básica, a proposta PIBID/Química, ao propor atividades a serem desenvolvidas na disciplina de Química em escolas da rede estadual, se articula à BNCC nos seguintes aspectos:

 

  • Utilização de modelos explicativos elaborados pelo conhecimento científico para abordagem dos conceitos químicos, tanto em intervenções de caráter experimental quanto em discussões teóricas;
  • Contextualização dos temas e conteúdos selecionados para as atividades de maneira a abranger questões sociais, éticas, políticas e econômicas relacionadas à Química;
  • Inserção de atividades que tenham como foco as relações entre a produção científica e os impactos socioambientais com vistas à proposição de ações individuais e coletivas que minimizem tais impactos;
  • Reconhecimento do contexto histórico de construção do conhecimento para a compreensão de que a Ciência se configura como produção coletiva;
  • Desenvolvimento de atividades experimentais de caráter investigativo a partir de situações-problema que possam levar os estudantes a entender, avaliar e questionar as implicações do conhecimento científico e tecnológico na sociedade contemporânea;
  • Utilizar diferentes recursos tecnológicos educacionais, como mídias e TDIC, no processo de ensino e aprendizagem de conceitos científicos.

 

m) Quais estratégias adotadas para a inserção e ambientação dos licenciandos na escola

 

Em um primeiro momento, será realizada uma reunião com o grupo gestor da escola para apresentação do projeto e dos bolsistas que desenvolverão atividades na escola. Após o contato inicial, os estudantes passarão a acompanhar o/a professor/a supervisor/a em suas atividades na escola para entender o funcionamento dos horários de aula, a forma de utilização do livro didático adotado, as metodologias de ensino utilizadas, o calendário escolar e as atividades corriqueiras da escola no sentido de se familiarizar com o espaço para pensar as possibilidades de atividades a serem desenvolvidas pelo grupo no decorrer do projeto. Para esse movimento de ambientação, entende-se que o período entre um e dois meses será suficiente.

 

 n) Estratégias de acompanhamento da participação dos professores da escola e dos licenciandos

 

O acompanhamento dos bolsistas será feito mediante a participação nas reuniões de planejamento, no acompanhamento das atividades junto ao supervisor e nas atividades de monitoria. Tal acompanhamento deverá considerar tanto a frequência quanto a inserção/motivação dos estudantes no desenvolvimento das atividades, por meio da apresentação de seus planos de intervenção e dos relatórios referentes às monitorias.

Para viabilizar o acompanhamento das atividades dos bolsistas, eles terão um caderno de campo em que deverão registrar tanto relatos das reuniões em que participam, quanto seus planos de intervenção didática e observações sobre as monitorias (data de atendimento, número de alunos atendidos, conteúdos das dúvidas e metodologia de abordagem para atendimento dos alunos com dúvidas). As anotações dos cadernos de campo também poderão ser socializadas para discussão com o grupo sobre sugestões/alterações em propostas didáticas realizadas.

O acompanhamento dos supervisores será realizado a partir da participação deles nas reuniões dos grupos, que serão realizadas tanto na universidade quanto nas escolas, e em relatórios sobre as atividades de cada escola. Os relatórios deverão ser mensais e neles, deverão constar as atividades realizadas na escola, bem como uma avaliação crítica do que foi positivo e sobre o que poderia ser melhorado tanto em termos de abordagem dos conceitos, quanto em relação à formação do licenciando.

Bolsistas e supervisores, também deverão organizar suas anotações em relatório semestral que deve conter o registro de todas as atividades realizadas, com fotos das atividades, planos de aula, certificados de participação em eventos (caso haja) e avaliação das atividades.

 

o) Resultados esperados para o subprojeto

 

Em relação ao que se espera com o desenvolvimento deste projeto podem ser pontuados os seguintes aspectos: possibilitar a permanência do licenciando no curso considerando que o PIBID pode melhorar os índices de evasão no curso de Licenciatura em Química que atualmente chega a 40%; incentivar o docente da educação básica a permanecer na sala de aula tendo em vista o fato de que, com a bolsa de supervisor, há uma valorização do trabalho docente; melhorar a formação inicial em relação às questões conceituais e metodológicas a partir das discussões que serão realizadas no âmbito do projeto; inserir os licenciandos em química na vivência escolar de uma forma orientada e pensada para que eles desenvolvam autonomia e responsabilidade docentes no sentido de que, a partir de sua interação com diferentes experiências didáticas e práticas docentes de caráter inovador, possam contribuir para a melhoria do processo ensino aprendizagem na educação básica; contribuir para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem de temas químicos tendo em vista as dificuldades dos estudantes de Ensino Médio nas disciplinas de Ciências da Natureza.

 

p) Para os subprojetos da pedagogia com foco em alfabetização, descrever a metodologia proposta

 

Não se aplica

 

q) No caso dos subprojetos interdisciplinares, descrever a maneira que ocorrerá a articulação e integração entre as áreas

 

Não se aplica

 

 r) Estratégias de articulação entre teoria e prática e de articulação entre universidade e escola no desenvolvimento das atividades do subprojeto

 

A formação inicial de professores envolve discussões que, para além do conjunto de conhecimentos relacionados aos conhecimentos específicos de conteúdo, pedagógicos de conteúdo e curriculares, devem contemplar também questões sobre jornada de trabalho, remuneração, políticas de valorização do magistério, investimento educacional, dentre outras que permeiam o fazer docente em diversos níveis de ensino. Dessa forma, ao trabalhar com o licenciando em ambiente escolar desenvolvendo atividades supervisionadas, mas específicas do exercício da profissão do professor, a articulação entre teorias educacionais e prática profissional se configura pelo processo dialógico, que será estabelecido vislumbrando-se uma formação que entenda a educação como transformadora de realidades em que o profissional da educação tem papel fundamental. Ao propor o desenvolvimento de atividades pensadas, elaboradas, desenvolvidas e avaliadas coletivamente, por diferentes agentes da educação, professor formador, professor da escola e licenciando, entende-se que a articulação entre teoria e prática vai além da formação do professor técnico. Nesse sentido, se realça uma formação de caráter reflexivo que não necessariamente separa os saberes teóricos e práticos, mas os relaciona e os discute, imprimindo alguns (re)pensares na formação continuada de supervisores e coordenador que, por sua vez, podem reorganizar os saberes e sua forma de apresentação tanto para os alunos da educação básica quanto para os licenciandos.

Em relação à articulação entre escola e universidade, instituições que por muito tempo caminharam separadas em termos de compreensões do fazer pedagógico, o desenvolvimento das atividades PIBID/Química propõe o uso dos espaços de forma igualitária, ou seja, as reuniões deverão acontecer tanto no espaço da escola quando da universidade. Serão organizados eventos nas escolas que poderão contar com a participação de pesquisadores da área de Química, para divulgar suas pesquisas e motivar estudantes a buscarem cursos relacionados à formação de cientistas. Além disso, serão realizados, na universidade, eventos que receberão os alunos da escola, como palestras e atividades para que eles conheçam laboratórios de pesquisa e entendam a importância da universidade para o conhecimento produzido. Um aspecto importante que precisa ser destacado é que a maioria dos estudantes de escolas públicas, desconhece as formas de ingresso na universidade via Sistema de Seleção Unificada (SISU), o sistema de cotas e as formas de auxílio para estudantes de baixa renda que as universidades públicas disponibilizam. Estes esclarecimentos são de suma importância para que alunos de escola pública ocupem seus espaços dentro da universidade pública.